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A Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir um procedimento de investigação e cobrar explicações do novo coordenador da Operação Greenfield, o procurador Celso Tres, que enviou um ofício à Procuradoria Geral da República (PGR) dizendo que “não quer trabalhar” e que pretende encerrar o caso.
A Operação Greenfield investiga fraudes bilionárias em fundos de pensão.
Ao jornal O Estadão, a corregedora-geral Elizeta Paiva disse que um pedido de informações já está sendo preparado com o objetivo de “preparar para um inquérito disciplinar” contra Celso Tres.
No ofício encaminhado à PGR, Tres afirma que “não está aqui para trabalhar muito” e sugere encerrar investigações em andamento da Greenfield.
Celso Três foi nomeado recentemente pela PGR para comandar o caso. Em seu ofício, ele sugere que sejam celebrados acordos apenas com os alvos investigados e que a Polícia Federal (PF) passe a ser responsável por concentrar os trabalhos.
Em entrevista ao Estadão, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) Fábio George Cruz da Nóbrega criticou a postura do chefe da Greenfield e disse que “as declarações (dele, por ofício) são inaceitáveis e causaram uma forte reação negativa, um sentimento de indignação em toda a carreira”.
O ofício encaminhado por Celso Tres foi recebido na última quinta-feira (17) pela Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. O assunto será analisado e tratado, pelo órgão colegiado, diretamente com o procurador natural do caso, Celso Três.