Política

‘QG da Propina’: MP acusa Crivella de chefiar esquema que desviou R$ 50 milhões da Prefeitura do Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) disse que uma suposta organização criminosa chefiada pelo prefeito afastado da capital fluminense Marcelo Crivella (Republicanos) preso preventivamente na manhã desta terça-feira (22) arrecadou pelo menos R$ 50 milhões.

Em entrevista, integrantes do MP-RJ e da Polícia Civil confirmaram as informações que a desembargadora do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) Rosa Helena Penna Macedo Guita incluiu no despacho da prisão preventiva.

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Na denúncia, o prefeito foi considerado “vértice” do “QG da Propina” e segundo o documento, ele “orquestrava sob sua liderança pessoal” o esquema.

O subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Marins disse que não é possível saber quanto Crivella teria ganhado com os supostos crimes. “A organização criminosa arrecadou dos empresários pelo menos R$ 50 milhões, foi o que conseguimos apurar. Agora, quanto foi para cada um, aí realmente é algo que não temos previsão”, disse Martins.

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O subprocurador-geral ainda afirmou que há indícios de que a “organização criminosa não se esgotaria” em 31 de dezembro, com o final do mandato. Por isso houve o pedido de prisão.

“Apesar de toda a situação de penúria [da Prefeitura], que não tem dinheiro nem para o pagamento do 13º, muitos pagamentos eram feitos por conta da propina”.

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As investigações tiveram início com o acordo de colaboração celebrado com Sério Mizrahy, preso preventivamente durante a operação “Câmbio, desligo”, deflagrada pela Lava Jato no Rio de Janeiro em maio de 2018.

De acordo com o delator, havia um esquema na Prefeitura do Rio de Janeiro envolvendo empresários e servidores que “interferiam nas tomadas de decisão, agilizando pagamentos a empresas específicas e interferindo nos processos de licitação”.

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Mizrahy afirmou à Polícia Civil que os empresários beneficiados pagavam propina a um grupo criminoso que seria gerenciada por Rafael Alves, homem de confiança do prefeito Marcelo Crivella.

Ele disse ainda que Rafael Alves cobrava propina para autorizar o pagamento de faturas atrasadas a empresas credoras, destinando 20% a 30% ao irmão Marcelo Alves, presidente do Riotur, e outro percentual a Crivella.

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Na delação, Mizrahy ainda admitiu que prestava serviços para legalizar os valores recebidos com origem no esquema.

O delator cedeu ao MP-RJ cópias de mensagens trocadas via WhatsApp com integrantes do grupo criminosa. Em uma delas, havia uma cobrança de repasse de uma quantia em espécie “a pedido do ’01’”, codinome que seria de Crivella.

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De acordo com a desembargadora, o prefeito afastado “não só anuía com os esquemas criminosos, mas deles também participava, chegando, inclusive, a assinar pessoalmente documentos a fim de viabilizar os negócios do grupo criminoso”.

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