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Empresário R$ 1 milhão Witzel
O empresário Edson Torres, apontado como operador financeiro do Pastor Everaldo (PSC), preso desde agosto do ano passado, reafirmou nesta quarta-feira (13) ter pagado R$ 980 mil ao então juiz federal Wilson Witzel antes da campanha eleitoral de 2018.
De acordo com Torres, o objetivo era garantir a “subsistência” caso Witzel não fosse eleito para o governo do estado.
Ele disse que o empresário Victor Hugo Barroso, também preso na Operação Tris in Idem, em agosto, também contribuiu com os valores, pagos antes da desincompatibilização de Witzel do cargo, em abril de 2018.
Em nota, Witzel disse que “jamais recebeu qualquer valor indevido de quem quer que seja, antes ou depois de eleito”.
“Durante esse período, antes da desincompatibilização dele como juiz federal, nós fizemos um caixa de subsistência, para o caso de ele não ganhar a eleição, de um valor de aproximadamente R$ 1 milhão, que chegou a R$ 980 mil, que foram pagos antes de desincompatibilização. Foram pagos em algumas parcelas”, afirmou Torres.
Questionado sobre o motivo de ter contribuído com recursos para Witzel ainda antes da campanha eleitoral, Torres afirmou que havia um entendimento para que suas empresas voltassem a ter contratos com o estado, que vinham sendo cancelados ao longo do governo anterior. “Eu, como empresário, assumi a responsabilidade de fazer a arrecadação e da minha parte também contribuir, porque eu teria contratos. Porque eu tive muitos contratos com o estado e tive meus contratos cassados. Foi o combinado”.
Segundo Torres, no entanto, a promessa não teria se concretizado, e ele teria conseguido ganhar contratos “licitamente” na Cedae e no Detran. — Eu não ganhei nenhum contrato ilícito nessa gestão — garantiu o empresário.