Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Nesta sexta-feira (05), o governo de São Paulo afirmou, por meio de nota, que os protestos dos caminhoneiros contra as medidas restritivas adotadas para conter a alta de casos por Covid-19 são um “boicote ao esforço dos profissionais de saúde que lutam para salvar vidas em meio a uma pandemia”.
Na nota, o governo comandado por João Doria (PSDB) também descartou reverter a lockdown imposto, que permite somente o funcionamento de serviços essenciais em todo o estado até o dia 19 de março.
O governo defendeu a legitimidade das manifestações, mas disse que “ir contra as medidas de restrição é fechar os olhos para as mortes decorrentes da covid-19”.
“O governo entende as livres manifestações, mas ressalta que ir contra as medidas de isolamento social adotadas pelo Plano SP é ignorar a morte de 60 mil pessoas no Estado, que contabiliza mais de sete mil pacientes nesse momento deitados em leitos de UTI no Estado”, diz trecho da nota.
A administração estadual ainda disse que colocar os munícipios na fase vermelha do Plano SP foi adotada por recomendação do Centro de Contingência da Covid-19, diante do atual cenário de aumento de recordes diários no número de casos, internações e mortes causadas pelo coronavírus.
“É uma forma de tentar camuflar a realidade macroeconômica que o país enfrenta com cinco aumentos no preço da gasolina neste ano, quatro elevações consecutivas no preço do diesel, inflação de alimentos, a volta da recessão, aumento da dívida pública e a disparada de preços de itens básicos como arroz e leite”, declarou a administração estadual.
O governo paulista afirmou ainda que reconhece a gravidade da crise econômica global e seus impactos, e mantém canal aberto com todos os setores e representantes de associações.
“Para auxiliar os empreendedores a atravessarem essa crise, o Estado desembolsou quase R$ 2 bilhões de crédito pela Desenvolve SP, Banco do Povo e Sebrae e liberou neste ano mais R$ 125 milhões de crédito”.