Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Kassab réu
Nesta quinta-feira (11), a Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou uma denúncia do Ministério Público (MP) e tornou réu o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, caixa 2 eleitoral e associação criminosa.
Durante o processo, Kassab sempre negou as acusações, alegando que as denúncias são infundadas e defendendo a legalidade dos pagamentos efetuados pelo grupo JBS.
Segundo a decisão do juiz Marco Antonio Martin Vargas, Kassab teria recebido caixa 2 em troca de favores aos empresários do grupo. Foram R$ 13,5 milhões pagos pelo Grupo J&F, e outros R$ 3 milhões pela JBS, destinados à empresa Yape Assessoria, Consultoria e Debates, que seria controlada por Kassab, em contratos supostamente fictícios.
Estes pagamentos foram realizados entre os anos de 2014 e 2016, época em que o ex-prefeito passou por campanha para o Senado Federal e onde também se tornou ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, no governo Michel Temer. Os pagamentos, de acordo com a decisão, ainda envolviam Flávio Castelli Chueri e Renato Kassab, também denunciados no mesmo processo por supostamente planejar e viabilizar as transferências.
De acordo com a defesa de Kassab, estes pagamentos foram efetuados por serviço de assessoria financeira, gerenciamento de compras e treinamento de colaboradores do setor de compras da JBS em matemática financeira.
O juiz não aceitou a argumentação, considerando a inexistência de relatórios de Auditoria Fiscal da Receita Federal sobre os pagamentos, colaborações premiadas prestadas por Wesley Batista, Ricardo Saud e Joesley Mendonça Batista; além de comprovantes demonstrando as doações, que não teriam sido declaradas à Justiça Eleitoral.