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“O trabalho de inteligência feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teve uma transformação violenta após o advento das redes sociais. Antes, o trabalho de inteligência, que levava, às vezes, uma semana, duas semanas, tem que ser feito, agora, com uma urgência mais imediata”, explicou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, durante o programa Sem Censura, exibido nesta segunda-feira (19) na TV Brasil.
Heleno também tratou de temas como mudança no comando das Forças Armadas, vacinação contra covid-19, a CPI da Pandemia instalada no Senado, a Amazônia e até sobre a vida e a vocação para o serviço militar.
A Abin é apenas um das atribuições do GSI. Heleno explicou durante o programa que o ministério é responsável pelo programa de proteção às fronteiras, pela política de proteção cibernética e pelo programa nuclear brasileiro. “ E temos uma missão de cuidar do presidente da República, do vice-presidente e de seus familiares. Por trás dessa segurança, aí entra principalmente o papel da Abin”, disse.
Comandantes das Forças Armadas
General do Exército, Heleno foi perguntado pelos jornalistas que participaram do programa sobre a mudança realizada no comando do Exército, da Marinha e das Forças Armadas pelo presidente Bolsonaro.
“Considero página virada, porque é uma atribuição do presidente da República. Ele não precisa justificar o ato dele. É uma mudança que é comum, não houve nenhuma mudança no posicionamento de qualquer dos comandantes”, disse.
Vacinação e pandemia
Um tema sobre o qual Heleno respondeu a mais de uma pergunta foi sobre vacinação. O general já tomou as duas doses da vacina contra a covid-19 e disse que quanto mais pessoas se vacinarem, maior vai ser a proteção.
Mais especificamente sobre a vacina contra a covid-19, Heleno disse que considera como injusta e inadequada a forma como parte da imprensa tem tratado o governo e o trabalho realizado para conseguir imunizantes.
“O Brasil hoje é o quinto país do mundo em número de vacinados, atrás apenas daqueles que são fabricantes. Vacina não vende na padaria, não vende no supermercado, não está à disposição, não está aí para você comprar onde quiser, escolher onde vai comprar. A vacina é difícil de ser comprada. E nós temos promessa de vacina de em torno de 500 milhões de doses. Então estamos em uma situação privilegiada em termos da situação de disponibilidade da vacina no mundo”, disse Heleno.
“Demoramos a comprar como alguns nos acusam, só que as condições de compras dessas vacinas às vezes não são interessantes, porque as condições do contrato tornam a compra arriscada para o país que resolve bancar. Temos ainda que aguardar o posicionamento da Anvisa em relação às vacinas. Então eu acho que há uma séria injustiça. Nós ainda não somos fabricantes de vacinas, provavelmente em curto prazo, seremos”.
*Com informações de Agência Brasil