Política

Lula usa mensagens roubadas da Lava Jato para pedir suspeição de procuradores em ação sobre caças suecos

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Lula mensagens roubadas caças suecos Lava Jato

Na noite de segunda-feira (03), a defesa do ex-presidiário Lula (PT) ingressou com um pedido de suspeição dos procuradores que atuam no caso da compra de caças suecos durante o Governo Dilma Rousseff.

O pedido dos advogados de Lula à 10° Vara Federal em Brasília foi feito com base na troca de mensagens roubadas da Lava Jato, apreendidas na Operação Spoofing da Polícia Federal. 

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Um depoimento de Lula no processo da Operação Zelotes está marcado para o dia 27 de maio.

À Justiça Federal, a defesa do petista afirma que as mensagens mostram que a denúncia sobre irregularidades na compra dos caças foi idealizada e gestada em Curitiba, e depois assumida pelos procuradores Frederico Paiva e Hebert Reis Mesquita em Brasília. 

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De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Lula participou de negociações irregulares para a compra de 36 caças Gripen, fabricados pela empresa sueca Saab. Os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015. 

Na peça, os advogados de Lula afirmam que “a acusação deduzida na denúncia que originou a ação penal em tela foi idealizada pela Lava Jato de Curitiba, dentro de um “plano” que buscava liquidar” o ex-presidente.

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De acordo com a defesa, as mensagens da Spoofing mostram que “para fabricar a acusação”, “os procuradores de Curitiba recorreram à atuação ilegal da Receita Federal e até mesmo a articulações com autoridades norte-americanas”

A troca de mensagens da Lava Jato, dizem os advogados do petista, mostra que os procuradores foram colocados em grupos específicos no Telegram para tratar do caso dos caças e que eles decidiram levar o caso adiante após uma “revisão” da força-tarefa de Curitiba.

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De acordo com a defesa de Lula, foi nesse contexto que, após uma série de testemunhas serem ouvidas — entre as quais a própria ex-presidente Dilma Rousseff —, os procuradores viabilizaram o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci. 

Segundo os advogados, as mensagens mostram que os procuradores de Brasília “combinaram com a Lava Jato de Curitiba até mesmo o conteúdo do depoimento de Antonio Palocci, que foi ouvido como ‘testemunha do juízo’”

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