CPI da Covid

Senador Alessandro Vieira compara Pazuello a general nazista Adolf Eichmann

Nesta quinta-feira (20) durante CPI da Covid, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) comparou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com Adolf Eichmann, chefe da Seção de Assuntos Judeus no Departamento de Segurança de Adolf Hitler durante o Holocausto. 

O general/tenente-general foi julgado em Jerusalém, após ser captura pelo Mossad, Serviço Secreto de Israel, e condenado à pena de morte. Ele era o responsável pela deportação de judeus aos campos de concentração. No último dia 11 de abril, o julgamento completou 60 anos.

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A estratégia de defesa de Eichmann, na ocasião, foi declarar-se como um burocrata, que cumpria ordens dadas por superiores. Vieira comparou essa argumentação com a de Pazuello durante o depoimento à CPI da Covid. 

“O senhor nos trouxe uma situação interessante. E eu vou fazer uma breve leitura, falando sobre um depoente em processo anterior, analisado: ‘Ele não possuía histórico ou traços preconceituosos, não apresentava características de um caráter distorcido ou doentio, ele agiu segundo o que acreditava ser seu dever, cumprindo ordens superiores e movido pelo desejo de ascender em sua carreira profissional, na mais perfeita lógica burocrática. Cumpria ordens sem questiona-la, com o maior zelo e eficiência, sem refletir sobre as consequências que elas pudessem causar’. Esse foi um estudo feito no julgamento de Eichmann, em Israel”, relatou.

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“Um cidadão, militar, que serviu a um projeto de poder e não parou nem um instante para analisar as consequências do que fazia. Essa, senhor ministro Pazuello, parece a realidade. Eu posso testemunhas que o senhor nunca se portou pessoalmente de uma forma desleal”.

“Faço essa referência, ex-ministro Pazuello, porque muito claramente, nos contatos que tivemos, vossa excelência não se portou com desrespeito à vida, pelo contrário. Lhe solicitei por telefone respiradores para o estado de Sergipe e o senhor conseguiu dar atendimento super célere, salvou vidas naquele estado. Mas, dentro do conjunto da obra, no exercício de uma política de saúde pública, infelizmente, o senhor falhos. E tenho absoluta convicção que não falhou por decisão sua. Não consigo entender que diabo de dever de lealdade vossa excelência imagina ter, que faz com que acoberte o verdadeiro autor”, disse, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

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Após a declaração de Alessandro Vieira, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Omar Aziz, pediu que a fala não fosse incluída nas notas taquigráficas, ou seja, que a transcrição não constasse nos arquivos da CPI.

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