Política

Eduardo Cunha diz que Lava Jato ‘criminalizou’ a política

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Em entrevista ao programa “Os Pingos Nos Is” da Jovem Pan, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, falou sobre o término da força-tarefa da Operação Lava Jato e as impressões dele sobre o destino das ações de combate à corrupção no Brasil.

Para Cunha, a briga contra crimes do tipo não acabaram nem devem acabar, mas a operação comandada por Sergio Moro não foi positiva.

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“Na verdade, a Operação Lava Jato, em nome de um combate à corrupção, foi uma operação política, que visou exclusivamente a parte que se tocava no Paraná, o ex-juiz Sérgio Moro e a força-tarefa, para criminalizar a política. O que se buscou ali foi acabar com o campo político para ser ocupado com outras pessoas”, afirmou nesta segunda-feira (14). 

O ex-parlamentar alega que a ex-presidente Dilma teria sido deposta da Presidência mesmo sem a operação no Brasil e que a prisão de Lula deveria ter sido feita dentro do “devido processo legal”.

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“A prisão dele foi absurdamente injusta, o processo dele foi nulo. Não estou aqui defendendo, não vou defender nem atacar quem quer que seja. No meu caso também, foi uma prisão absurda, que efetivamente terá o mesmo reconhecimento da incompetência do juízo para ter me processado, como também da sua suspeição”, afirmou.

Cunha disse também que Moro retirou acusações de crimes eleitorais contra ele após perder o mandato para que o caso não fosse passado para outro magistrado. Contra isso, ele registrou uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Tenho certeza absoluta que a minha condenação vai ser anulada e, consequentemente, será mais um ato do ex-juiz Sergio Moro que ficará claro para a sociedade. O país mudou, mas mudou porque viveu momentos travestidos dessa operação que causaram muitos males ao país”, opinou.

Para ele, a política e a economia sofreram consequências das eleições de 2018 e o combate à corrupção deve ser feito dentro da lei.

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Para Cunha, o brasileiro irá às urnas em 2022 em busca da “velha política”, pois as atitudes de Moro foram feitas para “desestabilizar” o processo econômico e político no país: “Sergio Moro causou um mal ao país. Ele está sendo desmascarado, efetivamente precisa ser punido. É uma questão de tempo para que seja reconhecido os absurdos, a incompetência dele para processar muitos daqueles que ele processou e para que possa a sociedade conhecer os verdadeiros motivos que os levaram a fazer daquela maneira”.

Cunha defendeu que os atos de desvios e corrupção feitos dentro de empresas investigadas pela Lava Jato devem ser atribuídos a pessoas que estavam nos cargos, não às companhias, que já devolveram milhões aos cofres públicos.

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“Esses valores que foram atribuídos, não se sabe se é valor de roubo ou se foi o valor do acordo político que foi feito para acabar com as acusações, então a gente não sabe efetivamente se está sendo pago valor de roubo”, especulou.

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