Política

‘Araraquara vive situação de pós-guerra’ durante lockdown, afirma presidente da Ceagesp

Prefeito Araraquara crime contra humanidade

Nesta segunda-feira (21), o presidente da Ceagesp, coronel Ricardo Mello Araújo, conversou com o programa “Os Pingos Nos Is” da Jovem Pan sobre como o novo lockdown na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, influenciou o centro de distribuição.

Segundo o coronel, desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro exigiu que os alimentos da Ceagesp chegassem à população mais carente independentemente do partido dos prefeitos.

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Ele afirmou também que uma série de vídeos enviados por moradores que narravam estar passando fome fizeram com que membros do centro decidissem ir até a região para distribuir mantimentos com a ajuda de mais de 200 voluntários.

“Fomos com 100 toneladas de alimento para aquela população. Estivemos lá em maio e fizemos a doação. Teve vários empecilhos. Foi a única cidade que nós fomos que não tivemos apoio da prefeitura. Ou seja, arrumamos voluntários para fazer essa distribuição, fomos com o Exército Brasileiro fazer essa distribuição de alimentos. O prefeito colocou alguns empecilhos, falou que a gente não ia entrar pela rua principal, porque iria chamar atenção, falou para entrarmos por outro caminho”, narrou.

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“A situação que eu vi lá realmente era um pós-guerra. Nenhuma das outras cidades que eu vi a situação era tão crítica como essa, as pessoas fuçando o lixo. O prefeito realmente deixou eles em uma situação triste de ver”, afirmou.

De acordo com o coronel, o lockdown mais novo, iniciado neste domingo (20) incluiu o fechamento dos entrepostos da Ceagesp na região, algo que não tinha ocorrido no mês de março. O órgão entrou com um mandado de segurança na Justiça, abriu o Ceasa local contrariando o decreto municipal e agora o governo do município tem um prazo de 24 horas para se posicionar sobre o assunto.

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“Eu estou aguardando o prefeito se manifestar porque é um absurdo. O Ceagesp, o Ceasa lá nós atendemos 1,5 mil municípios. Como é que a pessoa que vai sair lá de Mato Grosso, de outro Estado, com um caminhão até chegar vai entender que lá não pode entregar alimentos? O que vai acontecer? Vai ter desperdício de alimentos”, disse.

Para o coronel, essa medida é uma retaliação à doação de alimentos que eles fizeram no primeiro lockdown.

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O coronel afirmou que não pretende fechar o centro enquanto aguarda a resposta do município e instruiu a população a buscar os direitos junto à Justiça.

“Eu vejo que o caminho legal é as pessoas fazerem boletim de ocorrência, irem ao Ministério Público, cobrarem de seus vereadores para a cidade voltar a funcionar. O que está acontecendo lá é um crime contra a humanidade”, afirmou.

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Mello Araújo criticou a atitude de Edinho Silva, prefeito do município: “Esse prefeito se sente o dono da cidade. Ele deixar a pessoa morrer de fome na casa, dentro da sua casa? Isso é uma ação contra a humanidade. A cidade fica condenada a ficar presa dentro da sua casa”, afirmou.

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