CPI da Covid

Auditor do TCU afirma que documento foi adulterado após ser repassado a Bolsonaro

O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques disse durante seu depoimento à CPI da Covid-19, nesta terça-feira (17),  que o documento que ele elaborou sobre mortes causadas pela pandemia do coronavírus foi editado e adulterado depois que o texto foi encaminhado por seu pai, Ricardo Silva Marques, coronel do Exército, ao presidente Jair Bolsonaro.

 

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Na CPI, o servidor do TCU afirmou que não pode confirmar quem realizou as alterações, mas acrescentou que considerou “irresponsável” a atitude do mandatário de divulgar e atribuir ao TCU a autoria de um material “inconclusivo”.

 

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No dia 7 de junho, o presidente da República falou sobre o documento em encontro com apoiadores e disse que a informação era de que o TCU havia constatado que 50% das mortes registradas por Covid-19 no Brasil em 2020 tinham, na verdade, outras causas. No mesmo dia o Tribunal negou as informações e, posteriormente, Bolsonaro recuou das declarações. 

Segundo Figueiredo, ele redigiu um “arquivo em word”, no dia 31 de maio, e disponibilizou o “arrozoado de informações” na plataforma Microfost Teams, para “gerar um debate” com os colegas de trabalho sobre o repasse de recursos públicos a Estados e municípios. Desde o início da pandemia, Bolsonaro e seus apoiadores passaram a divulgar a tese de que gestores inflaram números de pacientes internados e de vítimas da Covid-19 para receberem mais recursos da União. “Só a Cristiane, coordenadora do trabalho, conversou por chat comigo [no Microsoft Teams]. Chegamos à conclusão de que seria impossível haver conluio para deliberadamente supernotificar os casos”, disse.

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