Política

José Dirceu sobre manifestações do dia 7 de setembro: ‘É hora de não vacilar em punir aqueles que atentam contra a Constituição’

Em artigo divulgado nesta quarta-feira (25) no site Poder360, o ex-ministro petista José Dirceu, condenado no Mensalão e no Petrolão, convocou opositores ao Governo Bolsonaro contra as manifestações do dia 7 de setembro.

De acordo com ele, a “Oposição deve impedir que bolsonaristas transformem o 7 de setembro em dia de vandalismo e violência”.

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No decorrer do artigo, Dirceu diz que Bolsonaro está isolado politicamente e que a política econômica do governo “levou a um desastre econômico que agora cobra seu preço”.

“Hoje, continuamos vivendo a escalada golpista promovida pelo próprio presidente da República e seus apoiadores”, afirma o petista ao comentar sobre o passado brasileiro e o caso do “contragolpe do general Lott”.

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“A radicalização de Bolsonaro é fruto da certeza da derrota nas próximas eleições presidenciais, o que pode acontecer até no 1º turno, e do risco real de responder na Justiça por sua gestão na pandemia e no governo. Este risco se estende à sua família, particularmente ao seu filho senador Flávio Bolsonaro que, ultimamente, vem perdendo todos recursos na Justiça. As investigações sobre fake news e ameaças à ordem democrática podem atingir outro filho, o vereador Carlos Bolsonaro. A prisão de Roberto Jefferson espalhou o pânico na família Bolsonaro”, afirma Dirceu em trecho do artigo.

“Abandonado pelos seus aliados do golpe de 2016 e da campanha de 2018, da Lava Jato, das reformas ultraliberais, e pelo seu próprio vice-presidente Hamilton Mourão, resta a Bolsonaro o recurso às suas bases armadas e radicalizadas, violentas, ao incitamento à insubordinação das PMs e, no limite, de setores das Forças Armadas que poderiam lhe apoiar. O que, a cada dia, parece mais improvável ainda que não impossível pela experiência histórica recente”, continua o petista.

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“No fundo, o presidente está na defensiva e sua última trincheira é a tentativa de impor o medo à sociedade e pressionar as instituições para conseguir um salvo-conduto no futuro. O risco é os bolsonaristas transformarem as manifestações de 7 de setembro –convocadas por eles para defender o governo e pelas frentes populares e partidos de oposição para pedir o impeachment de Bolsonaro e defender a democracia– em um dia de violência e vandalismo. O que pretendem é criar condições para alegar motivos legais e factuais para acionar o artigo 142 da Constituição Federal e pedir intervenção militar para garantir a lei e a ordem. Lei e ordem que estão ameaçadas apenas pelo próprio Bolsonaro e sua horda de milicianos e apoiadores armados”, afirma o condenado.

E mais:

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“A resposta que a sociedade deve dar é ocupar as ruas dia 7 de setembro em defesa da democracia e da Constituição de 1988, sem abrir mão do Fora Bolsonaro. Nunca houveram tantas razões legais e políticas para o afastamento do presidente. Os manifestantes de oposição precisam ir à luta sem medo, mas conscientes dos riscos de provocações e infiltrações. Precisam estar organizados para afastar estes riscos e garantir o caráter pacifico e democrático de nossas manifestações”.

“É hora de resistir a toda tentativa de golpismo e não vacilar em punir aqueles que atentam contra a Constituição. Não podemos, em hipótese alguma, aceitar qualquer manobra diversionista que se dobre às pressões dos golpistas e trilhe caminhos fora da legalidade, seja a instituição de um semi-presidencialismo ou vetos a candidaturas legítimas. Só aceitaremos o resultado da manifestação popular por meio do voto em eleições livres e democráticas. Como reza nossa Constituição, o poder emana do povo e só ele poderá decidir quem nos governará e o futuro que quer para o país”, finalizou o petista.

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