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O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), estuda pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) o indiciamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) pelo crime de “advocacia administrativa”. A informação é do O Antagonista.
De acordo com o site, Flávio foi citado, ao longo das investigações da CPI, em pelo menos três episódios. Todos não totalmente esclarecidos.
Em janeiro de 2020, segundo a CPI da Covid, o senador teria participado de uma viagem para Las Vegas ao lado do diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento.
Trento admitiu que esteve em Las Vegas em depoimento à CPI. Em nota, Flávio negou que esteve nos EUA com Trento e que estava “em missão oficial”. Segundo Flávio, “alguns poucos senadores irresponsáveis da CPI, mais uma vez, distorcem fatos e criam narrativas” para atacar a ele e sua família. Afirmou que “nunca se reuniu com o senhor Danilo Berndt Trento em Las Vegas, nem possui vínculo de qualquer espécie com o mesmo”.
Em outubro do ano passado, o parlamentar participou de uma videoconferência com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, e com o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano.
Na ocasião, Maximiano representava a Xis Internet Fibra. A CPI acredita que isso seria um forte indício de que Flávio ajudou a abrir as portas da Esplanada dos Ministérios aos integrantes da Precisa.
Por fim, a CPI da Covid suspeita que Flávio tenha auxiliado o publicitário Stelvio Bruni Rosi a conseguir uma agenda com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para negociar um lote de vacinas.
Rosi iniciou tratativas junto à pasta após ter conhecido Flávio em uma festa nos Estados Unidos e pediu, por e-mail, uma agenda com Queiroga. O encontro, porém, não ocorreu.
Com um eventual pedido de indiciamento, Renan espera que a PGR intensifique as investigações sobre a atuação do parlamentar. A decisão, porém, ainda não foi tomada.
Integrantes do G7 ponderam que, até o momento, foram levantados poucos elementos que incriminem o filho do presidente da República.