Política

‘Governo não pode ser escravo do mercado’, critica Mourão

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O vice-presidente Hamilton Mourão criticou as reações do mercado financeiro a possibilidade do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, ser no valor de R$ 400 e pago até o final de 2022.

A bolsa chegou a cair 3,3% e o dólar atingiu R$ 5,59 após o anúncio.

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Mourão disse que “não podemos ser escravos do mercado” em conversas com jornalistas na manhã desta quarta-feira (20).

Ainda sobre a avaliação do mercado, Mourão completou dizendo que a questão social é uma responsabilidade do governo, “apesar de algumas doutrinas acharem que o mercado resolve tudo, não é bem assim que ocorre. Se houver uma transparência total na forma como o gasto vai ser executado e de onde vai vir o recurso, o mercado não vai ficar agitado por causa disso”, completou.

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O vice-presidente destacou que não está participando das discussões para definir o valor orçamentário do Auxílio Brasil, mas fez questão de dizer que é preciso um benefício mais robusto.

“Uma coisa é certa: a gente precisa ter um auxílio um pouquinho mais robusto, face à situação que estamos vivendo com um grande número de gente desempregada, porque a economia não conseguiu retomar plena depois da pandemia. Vamos aguardar as discussões. Isso ainda vai passar pelo Congresso. O presidente não tem autonomia pra definir tudo de uma vez só”, destacou. 

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Mourão ainda fez críticas ao teto de gastos: “Em determinado momento, se criou essa questão. O teto, na minha visão, é um problema sério, porque determinadas despesas aumentam acima do limite estabelecido para as demais. Então, consequentemente, o governo fica estrangulado para ter margem de manobra no sentido de adotar políticas necessárias”.

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