Política

Rússia realiza novos exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia

A Rússia realizou novos exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia e enviou mais soldados, navios e caças para a Bielorrússia para exercícios militares no próximo mês, horas antes da realização em Paris, nesta quarta-feira (26), de negociações com representantes do Kremlin, de Ucrânia, Alemanha e França sobre as tensões envolvendo separatistas pró-Moscou no Leste ucraniano.

O chamado grupo de contato da Normandia tem o objetivo explícito de acabar com a guerra na região de Donbass entre Kiev e os separatistas.

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O grupo ajudou a promover, em 2015, os Acordos de Minsk, que foram descumpridos pelos dois lados, mas as negociações desta quarta podem ser vistas como um sinal positivo de retomada da diplomacia.

Há mais de 6 meses o grupo não se reunia. O encontro de hoje no Palácio do Eliseu, previsto para acabar no início da tarde no Brasil, representa a primeira iniciativa de negociação com protagonismo explícito de países da União Europeia, embora não possa destravar as tensões — já que a Rússia tem demandas que vão além do conflito no Leste ucraniano e envolvem a Otan, a aliança militar liderada pelos EUA.

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Ao chegar a Paris, o chefe de Gabinete do presidente da Ucrânia, Andriy Yermak, mostrou-se otimista. “Finalmente conseguimos desbloquear o Formato [da Normandia] — e este é um forte sinal de disposição para um acordo pacífico. Espero um diálogo construtivo de acordo com os interesses (da Ucrânia)”, tuitou.

Apesar disso, ele disse que grandes violações do cessar-fogo estão ocorrendo e descartou a possibilidade de falar diretamente com os separatistas.

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“A situação ucraniana é muito tensa, mas estamos trabalhando para buscar um distensionamento”, explicou o chanceler francês, Jean-Yves le Drian, em audiência no Senado.

Pouco antes do encontro, o Ministério da Defesa russo anunciou o envio de uma unidade de paraquedistas para a Bielorrússia, um dia depois de deslocar forças de artilharia e fuzileiros navais supostamente para exercícios conjuntos anunciados para o próximo mês.

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A pasta também disse que a Rússia vai transferir caças Su-35 para a Bielorrússia, para os exercícios chamados de “Resolução Aliada”.

O acúmulo de forças russas na Bielorrússia, país que faz fronteira com o Norte da Ucrânia, cria uma nova frente para um possível ataque. Separadamente, as forças de artilharia russas na região de Rostov — que, no Sul da Rússia, também faz fronteira com a Ucrânia — devem fazer exercícios de tiro ainda nesta quarta-feira, como treinamento de prontidão de combate, disse o Ministério da Defesa.

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No extremo Norte russo, navios de guerra do país entraram no Mar de Barents para treinamentos ligados à proteção de uma importante rota marítima no Ártico, disse a Frota do Norte.

Na semana passada, Moscou anunciou a realização de exercícios amplos.

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A Rússia insiste que não planeja invadir a Ucrânia, mas potências ocidentais consideram a mobilização de tropas e logística um forte indício de que isso pode estar sendo planejado.

Hoje, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que Moscou ainda não reuniu forças suficientes para conduzir uma ofensiva em larga escala, mas isso não significa que não possa fazê-lo mais tarde.

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A Rússia diz que a crise está sendo impulsionada por ações da Otan e dos EUA, e está exigindo garantias de segurança do Ocidente, incluindo uma promessa da Otan de nunca admitir a Ucrânia entre os seus membros.

Moscou vê a Ucrânia como uma proteção estratégica crucial entre o seu território e os membros da aliança ocidental.

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