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O advogado de Lula (PT), Cristiano Zanin, apresentou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um recurso que pede que a União indenize-o em R$ 100 mil. O escritório de Zanin foi alvo das investigações da Lava Jato e teve os telefones da empresa de advocacia grampeados.
As conversas gravadas foram do principal ramal do escritório. Em 2018, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) determinou a destruição dos áudios gravados em 1 dos ramais.
De acordo com o advogado, nos telefones eram tratados assuntos como as “estratégias de defesa para o processo de Lula”. A justiça de Curitiba foi informada pela empresa de telefonia sobre a “posse da linha era da defesa do ex-presidente”.
“Moro não só fez uma interceptação ilegal, como recebia uma planilha da PF, com conversas transcritas em tempo real”, disse.
O pagamento indenizatório já foi negado pela 1ª e 2ª instância. Zanin diz que novos elementos comprovam a ilegalidade e que “há um quadro completo” do caso.
Operação E$quema S
Em setembro de 2020, em denúncia da Operação E$quema S, o Ministério Público Federal (MPF) colocou os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin como integrantes – e comandantes – do “núcleo duro” da organização criminosa que desviou R$ 151 milhões dos cofres do Sistema S (Sesc/Senac) e da Fecomércio do Rio.
Eles eram acusados dos crimes de estelionato, peculato, tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e sonegação fiscal.
Em novembro de 2021, o STF anulou decisões do juiz Marcelo Bretas contra advogados na Operação E$quema S. De acordo com a Suprema Corte, a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro não tinha competência para julgar o processo.