Política

Redução de impostos “estruturalmente” não ajuda a reduzir a inflação, diz presidente do BC

Foto: Flickr/Banco Central do Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse na terça-feira (22), que a redução de impostos “estruturalmente” não ajuda a reduzir a inflação. O tema veio à tona diante do anúncio do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o governo avalia reduzir em até 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tributo federal que incide sobre os artigos industrializados, nacionais ou importados, à venda no país.

“Você abaixa um imposto ou faz alguma coisa que abre mão de receita para obter um preço do produto mais baixo naquele momento, estruturalmente você não está ajudando a inflação. Você pode ter um queda no curto prazo, mas, na parte de expectativa de inflação, isso vai se incorporar e esse elemento tende a prevalecer estruturalmente, falando no médio e longo prazo”, declarou ao ser questionado sobre o tema.

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Ele destacou que essa análise leva em conta não apenas o Brasil, mas outros países que adotaram medidas semelhantes, como a Colômbia.

Ainda sobre inflação, o presidente do BC disse que projeta uma aceleração da queda da inflação ainda no primeiro semestre. “Quando a gente olha 12 meses, entre abril e maio, essa é a nossa visão”, disse. 

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Campos Neto rejeitou a ideia de que tenha dito que esses seriam os meses de pico. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado dos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta alta de 10,38%, patamar superior aos 10,06% registrados no período imediatamente anterior. 

Campos Neto disse que o BC analisa a inflação no setor de serviços. “Subiu mais rápido e foi mais disseminada, e a inflação industrial não caiu e, em parte, aumentou até a difusão”, disse. Ele credita parte desse movimento inflacionário à cadeia de energia. 

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Em relação ao setor de serviços, o presidente do Banco Central disse que busca entender o que pode ter levado ao aumento dos preços. “Tentamos ver o que era recomposição de margem, o que tinha de salário. Estamos olhando a inflação de serviços mais de perto. A gente já esperava que ela fosse subir. O último número nos surpreendeu negativamente”, disse.

*Com informações de Agência Brasil

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