Política

Carmen Lúcia é escolhida relatora no STF de pedido da PGR para investigar Milton Ribeiro

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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, vai relatar o pedido de inquérito protocolado na quarta-feira (23) pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

A solicitação é em resposta a reportagens que apontam a existência de um gabinete paralelo dentro do MEC ocupado por dois pastores, sem cargos oficiais na gestão federal.

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Cármen Lúcia já havia sido sorteada como relatora de pedidos semelhantes protocolados por parlamentares na véspera.

Aras decidiu pedir a abertura da investigação com base em representações que chegaram à PGR após o jornal “O Estado de S. Paulo” revelar a interferência de dois pastores evangélicos – Gilmar Santos e Arilton Moura – no processo de liberação de recursos por parte do ministério.

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O jornal “Folha de S.Paulo” também publicou áudio atribuído ao ministro que, em reunião, faz menção a um dos pastores e diz haver determinação do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que os pedidos deles fossem atendidos.

No pedido, Aras destacou que, ao responder às reportagens por meio de nota, o ministro “em momento algum negou ou apontou falsidade no conteúdo da notícia veiculada pela imprensa, admitindo, inclusive, a realização de encontros com os pastores nela mencionados”.

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Entre as diligências pedidas pelo PGR, está a oitiva de Milton Ribeiro, dos dois pastores e de cinco prefeitos que confirmaram a existência do esquema.

Um deles, o prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), disse que Arilton chegou a pedir “um quilo de ouro” para que os pedidos de liberação de verbas fossem atendidos.

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O órgão também enviou ofício ao MEC e à Controladoria-Geral da União (CGU) para o esclarecimento do cronograma de liberação das verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), bem como os critérios adotados nesses procedimentos.

Em nota à imprensa e entrevistas, Ribeiro negou a existência de um gabinete paralelo ou interferência de pastores na gestão do MEC.

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