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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo na terça-feira (29) para apurar o vazamento de informações sobre a demissão do general Joaquim Silva e Luna do comando da Petrobras.
A informação sobre a troca do comando da petroleira circulou durante a tarde desta segunda-feira (28), com o mercado de ações aberto e antes do comunicado oficial da companhia.
O processo vai avaliar se a comunicação ao mercado seguiu as regras estabelecidas para companhias abertas.
A investigação foi iniciada pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP), que deve analisar os fatos recentes sobre o tema.
Como a Petrobras é listada na Bolsa, as movimentações da empresa devem ser comunicadas simultaneamente a todo o mercado, para não configurar vazamento de informação.
A Petrobras enviou um comunicado sobre o fato à CVM somente após as 20h. O texto trazia a lista de indicações do governo ao Conselho Administração da empresa. O governo escolheu o economista Adriano Pires para assumir a presidência.
A indicação de Pires será analisada pelos acionistas da companhia durante a assembleia marcada para o dia 13 de abril.
Um processo semelhante foi aberto após a demissão do presidente anterior da estatal, Roberto Castello Branco, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma live e só confirmada pela Petrobras no dia seguinte.