Nesta quinta-feira (07), o pré-candidato ao Governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse, que Tarcísio de Freitas (Republicanos), também pré-candidato, “não entende nada de segurança pública” e “defende as propostas de Jair Bolsonaro, que são a junção da milícia com o crime organizado”.
A fala de Haddad foi dada em entrevista à Rádio Máxima FM, de Guaratinguetá, e faz referência a uma declaração recente de Tarcísio, que disse que São Paulo tem um “pacto com o crime organizado”.
Para o petista, como Tarcísio é o candidato de Bolsonaro, “ele deve defender as propostas de segurança pública do Bolsonaro, e as propostas de segurança pública do Bolsonaro são a junção da milícia com o crime organizado”.
“Ele que nasceu no Rio de Janeiro, cresceu no Rio de Janeiro, nunca morou em São Paulo, mora em Brasília há muitos anos, serviu a muitos governos e hoje se diz bolsonarista. Talvez o modelo de segurança pública dele seja o do Rio de Janeiro, seja essa promoção que o Bolsonaro permitiu entre milícia e tráfico, será que é isso que ele quer trazer pra São Paulo? Eu acho que de segurança pública ele não entende é nada”, disse Haddad.
O ex-prefeito ainda destacou a proposta de Tarcísio de tirar as câmeras dos uniformes dos policiais, que ajudaram a reduzir a letalidade dos agentes no estado: “Nós temos que proteger o policial e a população, temos que acabar com bala perdida que mata inocente, temos que fazer cumprir a lei. Qual é o projeto do Bolsonaro? Nós vamos transformar o modelo que o Bolsonaro implantou no Rio de Janeiro aqui em SP?”.
Haddad disse que, se eleito, quer investir em um “modelo de metas” na segurança pública, para “valorizar o policial de um lado e entregar mais segurança para a sociedade” de outro:
“Nós temos que fazer um pacto de valorização das polícias. Quantos homicídios são esclarecidos no estado de SP, 50%? É muito pouco. Qual a meta que vamos atingir em quatro anos? Quantos roubos são esclarecidos em São Paulo? Nós vamos criar um plano de metas compatível com o programa de valorização do profissional de segurança e fazer um acordo público, transparente”.