Política

PSB desfilia vereador Camilo Cristófaro após fala racista

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) de São Paulo desfiliou o vereador Camilo Cristófaro da legenda. O processo já tinha sido aberto pelo próprio vereador, que havia solicitado afastamento no fim de abril, mas ainda estava em negociação.

Porém, após a fala racista de Cristófaro durante uma CPI na Câmara de SP, o partido decidiu aceitar a solicitação. De acordo com o partido de esquerda, o pedido equivale a uma expulsão e foi tomado em comum acordo com as principais lideranças da legenda.

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“No primeiro momento, a ideia era abrir o processo no Conselho de Ética para garantir o direto de defesa. Mas houve uma cobrança interna muito forte de membros do partido exigindo uma solução mais rápida. O próprio Camilo mandou uma carta no dia 28 de abril em pede o afastamento, e nela ele cita um artigo da Constituição que permite o desligamento com a anuência da direção do partido. Então aceitamos essa desfiliação. E juridicamente ela equivale ao processo de expulsão, então ele não faz mais parte do quadro do partido, disse Jonas Donizette, presidente estadual do PSB, ao site g1.

“A gente tomou essa decisão porque a reação foi muito forte. Temos uma negritude muito forte dentro do partido. O Márcio França [pré-candidato a governador] e a Tábata Amaral [presidente do diretório municipal do PSB] também falaram comigo sobre isso, foi um entendimento do partido como um todo”, completou.

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Em nota, a executiva municipal afirmou que “falas e ações racistas devem ser responsabilizadas com seriedade”. “Como um partido que luta por justiça social e igualdade de oportunidades, é dever do PSB exigir que os seus quadros atuem de forma coerente. Falas e ações racistas devem ser responsabilizadas com seriedade. Só assim garantiremos um ambiente mais justo e menos violento na política e, consequentemente, na sociedade como um todo”, diz o texto.

O comentário ocorreu durante um CPI que investiga as empresas de aplicativo na Câmara Municipal de São Paulo. Os trabalhos foram interrompidos temporariamente após o microfone de Cristófaro ter vazado no plenário dizendo a frase “é coisa de preto” na frente dos outros parlamentares.

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O flagrante aconteceu no início da sessão que ouviu a ex-CEO da empresa Uber, Claudia Woods, e o sócio da empresa de motofrete THL, Thiago Henrique Lima.

“Não lavar a calçada…é coisa de preto, né?”, disse o áudio vazado no plenário. Cristófaro não estava presente na Câmara durante a fala, mas participava da sessão de forma remota, através de videoconferência.

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A imagem dele não apareceu no painel do plenário durante o vazamento do áudio, mas a Mesa que dirigia os trabalhos confirmou que ele já estava plugado e participando da sessão.

O vereador admitiu que a voz é dele e deu duas versões diferentes para a frase. Primeiro, disse que falava sobre carros. Depois, que se dirigia a um amigo.

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