Política

Subsídios podem ser ‘boa solução’ para aliviar preços para os pobres, avalia presidente do BC

Foto: Flickr/Banco Central do Brasil

Nesta quarta-feira (1º), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a adoção de subsídios para itens como alimentos e energia poder ser uma “boa solução” para amenizar o “custo social” da inflação sobre a população pobre.

A declaração foi feita por ele durante uma videoconferência organizada por instituições financeiras como o Banco de Compensações Internacionais e o Banco Central Europeu.

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O presidente do BC explicou que o Brasil, por um lado, está se beneficiando com a alta mundial de preços, já que arrecadação do país atingiu recordes com a venda de produtos como grãos e petróleo.

Campos Neto entende que essa alta da arrecadação pode ser usada para ajudar aqueles que mais sofrem com a disparada dos preços.

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“Temos um grande custo social. Preços de alimentos estão subindo, preço de energia está subindo, e temos a parcela mais pobre da população com necessidade de alguma assistência”, afirmou o presidente do BC.

“Transferir uma parte do choque positivo [alta de arrecadação] para resolver as questões sociais, via subsídios. Essa é uma solução boa, mas o problema é: uma vez que você cria os subsídios, há o risco de se tornar um gasto permanente”, completou Campos Neto, indicando que os eventuais benefícios, em sua visão, deveriam ser temporários.

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Ele disse também que, neste momento de forte inflação, a solução “liberal” de esperar os preços se adequarem de acordo com a oferta e a demanda não seria eficiente: “Você pode ser liberal, e dizer que os preços vão ditar o equilíbrio. Em algum momento do tempo, o preço vai subir, o consumo vai cair, e ao final as pessoas se adaptarão. Isso não é viável socialmente, e não é politicamente viável também”.

Ele ainda avaliou que não seria uma medida adequada o governo intervir nos preços de produção dos itens. Dentro do próprio governo federal, há defensores da intervenção nos preços da Petrobras, a exemplo de intervenções que vêm ocorrendo em alguns outros países.

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“Intervimos em preços, no processo de produzir petróleo, energia, e isso resolverá o problema no curto prazo, mas desencorajará investimentos. Ao final, eu acho que o setor privado é quem vai resolver o problema, e não os governos”, declarou.

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