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Em varredura realizada nesta terça-feira (14), a Polícia Civil não encontrou escuta nos gabinetes dos vereadores da Comissão de Ética da Câmara Municipal do Rio, que investiga denúncias contra o vereador Gabriel Monteiro.
O pedido dos parlamentares à polícia, de buscar possíveis grampos, decorre das ameaças que eles têm recebido.
Youtuber e ex-PM, Monteiro é acusado de filmar e manter relações sexuais com uma adolescente em vídeos e de acariciar o rosto de uma outra criança.
Relator do processo, Chico Alencar (PSol) diz que já recebeu mais de 300 ameaças pelas redes sociais.
Um funcionário do vereador Gabriel Monteiro foi ouvido pela comissão nesta terça. Rafael Murmura disse que uma oferta veio de Vinícius Header, assessor de Monteiro que morreu em acidente de carro no mês passado, 3 dias após ter prestado depoimento à comissão fazendo acusações contra o vereador.
“Estou aqui para defender a minha honra, e não para defender o Gabriel Monteiro. Acho que ele tem que pagar pelo que tiver que ser pago”, disse Murmura.
Rafael afirmou ainda que está andando com segurança e de boné para se disfarçar, mas não revelou de quem tem medo: “Estou pagando segurança do meu próprio bolso. Fui abandonado. Me foi passado que é difícil a Câmara me oferecer segurança. Estou com medo de morrer”.
Murmura disse que presenciou o vídeo em que o vereador acaricia o rosto da menor, mas disse que não viu “nada demais”.
Funcionário do gabinete de Monteiro, Miqueas Arcenio também prestou depoimento. Mas, segundo os integrantes do conselho, nada acrescentou.
O relator do processo, Chico Alencar, vai pedir 15 dias de prorrogação para terminar o relatório, que só será votado em agosto. Na semana que vem, o conselho vai ouvir o delegado do caso, Maurício Armond, e, no dia 23, será ouvido o próprio vereador Gabriel Monteiro.