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Nesta quinta-feira (23), o presidente brasileiro Jair Bolsonaro fez um discurso na abertura da 14ª reunião de cúpula dos Brics, grupo das economias emergentes do qual faz parte junto com Rússia, Índia, China e África do Sul. Em sua intervenção, o mandatário ressaltou a importância do bloco e pediu que as grandes instituições sejam reformadas.
“O Brics surgiu em meio a uma das mais graves crises financeiras da história”, lembrou o presidente brasileiro. “Naquele contexto, a pujança das economias emergentes mostrou-se fundamental para a recuperação da economia internacional”, disse o presidente da República.
“O peso crescente das economias emergentes e em desenvolvimento deve ter a devida e merecida representação”, disse o chefe de Estado. “Devemos somar esforços em busca da reforma das organizações internacionais, como o Banco Mundial, o FMI e o sistema das Nações Unidas, em especial o seu Conselho de Segurança”, prosseguiu Bolsonaro.
“Para o Brasil, o Brics é um modelo de cooperação baseado em ganhos para todas as partes envolvidas e a comunidade internacional como um todo”, ressaltou. O chefe de Estado também disse que “é preciso estar atento para que o exercício diplomático siga sempre com o foco no objetivo maior de produzir prosperidade e paz””, acrescentou o chefe do executivo.
Leia abaixo o discurso completo de Bolsonaro
“Senhores presidentes e primeiros-ministros, Xi Jinping, Cyril Ramaphosa, Vladimir Putin, Narendra Modi, senhoras e senhores.
É uma honra participar pela quarta vez da Cúpula dos Brics. Ao agradecer a presidência chinesa pela organização desse encontro, saúdo o presidente Jinping e todo povo chinês, que tão bem me recebeu durante minha visita à China em 2019.
Naquela ocasião, pudemos avançar na parceria estratégica ente Brasil e China, com benefícios concretos para nossos povos, como demostrado pela nossa cooperação durante a pandemia de Covid-19.
Saúdo a demais meus colegas Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Vladimir Putin, da Rússia, o qual me recebeu muito bem em fevereiro desse ano em seu país, e Narendra Modi, da índia, países com os quais o Brasil mantém relações estratégicas em múltiplas áreas, da política ao comercio, da tecnologia e inovação à saúde pública.
Nossas relações têm contribuído para a prosperidade de nossas economias e para o bem estar de nossos povos. Devemos somar esforços em busca da reforma das organizações internacionais, como o Banco Mundial, o FMI e o sistema das Nações Unidas, em especial seu Conselho de Segurança.
O peso crescente das economias emergentes e em desenvolvimento deve ter a devida e merecida representação. ,
Para o Brasil, o Brics é um modelo de cooperação baseada em ganhos para todas as partes envolvidas e a comunidade internacional como um todo. Por essa razão, devemos eleger as prioridades com responsabilidade e transparência.
O Brics, além de representar o fator de estabilidade e prosperidade no cenário internacional, deve contribuir para a geração de empregos e renda e para o bem estar de nossas populações.
O Brics surgiu em meio a uma das mais graves crises financeiras da história. Naquele contexto, a pujança das economias emergentes mostrou-se fundamental para a recuperação da economia internacional.
Em meu governo venho orientando a política externa brasileira em prol do desenvolvimento socioeconômico do Brasil e dos nossos parceiros. É preciso estar atento para que o exercício diplomático siga sempre com o foco do objetivo maior de produzir prosperidade e paz.
Tenho esperança de que em breve poderemos encontrar-nos pessoalmente para tratarmos desse e de tantos outros temas de relevo para nossas agendas bilaterais e multilaterai.
Enquanto essa possibilidade não se concretiza, reitero a disposição do Brasil para que, mesmo no formato virtual, possamos ter um diálogo produtivo e para que a 14° Cúpula do Brics seja exitosa. Muito obrigado.”