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A Polícia Federal (PF) afirma que a dupla de pastores que atuava dentro do Ministério da Educação durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro usou contas de parentes para receber propina decorrente de negócios na pasta.
A informação consta da decisão que autorizou a prisão do ex-ministro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Ribeiro. Todas as detenções pedidas pela PF foram revogados na tarde desta quinta-feira (23) pelo desembargador Ney Belo, da Justiça Federal.
De acordo com a PF, um sofisticado esquema foi montado pelo que a entidade classifica como “organização criminosa” dentro do MEC. A PF também constatou que a esposa de Milton Ribeiro recebeu ou cedeu valores a parentes da dupla de pastores.
A investigação aponta ainda que um aliado da dupla de pastores investigada foi nomeado para cargo dentro do Ministério da Educação. Esse personagem, chegou a viajar com os pastores e a participar de eventos com eles.
Em sua decisão, o juiz Renato Borelli aponta achados também da Constroladoria-Geral da União, que subsidiaram a investigação. Além da prisão de três dos envolvidos, já revogada, o juiz determinou a quebra dos sigilos dos citados no caso, como foi pedido pela PF. Também partiu da PF o pedido de prisão, sob o argumento de que os investigados poderiam obstruir a investigação e destruir provas.
O MPF foi favorável à quebra de sigilo, mas sugeriu medidas cautelares, como proibição de comunicação entre os citados, como alternativa à prisão preventiva, o que o juiz negou.
A defesa do ex-ministro Milton Ribeiro só teve acesso à decisão nesta quinta. Ela classificou a prisão do ex-ministro como ilegal e extemporânea, argumento acatado pelo desembargador do TRF-1