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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) avalia que a CPI no Senado Federal para investigar o escândalo de corrupção no Ministério da Educação (MEC) não deve prosperar.
Questionado nesta segunda-feira (27) sobre o funcionamento da CPI, Mourão respondeu: “Acho complicado, porque está todo mundo pensando em eleição, não é? Mais aí três meses tem essa eleição. Então, eu acho que falta tempo para isso aí progredir. Acho também que não vai para frente”.
No final da semana passada, o requerimento para instalação do colegiado obteve o número mínimo de assinaturas necessárias.
Articulada pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a CPI do MEC busca investigar supostas fraudes cometidas na pasta durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Ele foi preso pela PF na quarta-feira (22), acusado de tráfico de influência, advocacia administrativa, prevaricação e corrupção passiva.
O senador tentava, desde março, conseguir as 27 assinaturas mínimas necessárias para que o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decida sobre a instalação do colegiado. A prisão do ex-ministro deu fôlego à oposição para tirar a CPI do papel.
Hoje, o vice ainda julgou que a prisão do ex-ministro não deve prejudicar a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele afirmou que a prisão foi “algo um tanto quanto apressado” e havia “indícios fracos” de prováveis crimes para embasar a prisão.