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Nesta quinta-feira (18), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que considera um erro os questionamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro sobre urnas eletrônicas e sobre o sistema eleitoral do país.
Ele afirmou que o questionamento ao processo eleitoral “não faz bem” ao Brasil e ao próprio presidente da República.
Lira deu a declaração durante participação em um evento em São Paulo, promovido pelo BTG Pactual.
O parlamentar comentava sobre a cerimônia de posse de Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que foi prestigiada por um grande número de autoridades – quando foi indagado sobre a postura de Bolsonaro em relação às urnas.
“O senhor acha que o presidente erra quando ataca as urnas, quando duvida das urnas?”, perguntou a entrevistadora.
“Acho [que é um erro]. Já disse pessoalmente, já disse a ele, já pedi, já falei, nós já votamos no Congresso essa questão [do voto impresso]”, respondeu o presidente da Câmara.
Lira se referiu à votação na Câmara que rejeitou e enviou para o arquivo uma PEC, defendida por Bolsonaro, que previa o voto auditável nas eleições, plebiscitos e referendos.
O presidente da Câmara afirmou também que o questionamento às urnas “não é o assunto principal do Brasil”.
“Nós precisamos ter passividade nesse assunto. Esse não é o assunto principal do Brasil, esse assunto não faz bem ao Brasil, não faz bem ao presidente Bolsonaro, não faz bem à Justiça Eleitoral, então todos têm que se conter”, disse.
Lira afirmou ainda que é necessário “respeitar o resultado das urnas” e que os eleitos pelo sistema eletrônico vão tomar posse em 2023.
“Eu não canso de dizer, digo em todo o canto, dentro e fora do Brasil, nós precisamos de eleições transparentes, sim, sem dúvidas, sim, mas o resultado das urnas eletrônicas é reconhecido. Eu disputei oito eleições, seis em urnas eletrônicas, eu não teria nenhuma condição de falar mal do sistema. Então, nós vamos para uma eleição, respeitar o resultado democraticamente. Quem ganhar, tomará posse”, disse Lira.