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Na terça-feira (17), o Palácio do Planalto nomeou Jeter Ribeiro de Souza para o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-gerente da Caixa se envolveu ao escândalo que levou à queda de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda em 2006, pouco depois da eclosão do Mensalão.
Jeter Ribeiro de Souza acessou e imprimiu uma cópia do extrato do caseiro Francenildo Costa, quebrando o seu sigilo bancário ilegalmente.
Francenildo havia afirmado que Antonio Palocci frequentava uma casa em Brasília onde haveria festas e distribuição de propinas.
Na época do caso, o extrato do caseiro, que mostrava transferências de R$ 25 mil para sua conta, foi vazado para a revista Época.
Francenildo disse que o dinheiro havia sido doado por seu pai, que confirmou a versão. O episódio fez Palocci cair do cargo.
Alvo de processo interno, Jeter foi absolvido porque a comissão de ética da Caixa concluiu que ele só cumpriu ordens de um superior hierárquico —o então presidente do banco estatal, Jorge Mattoso.
O agora assessor de Lula chegou a ser ouvido pela Polícia Federal (PF), mas não fez parte do processo.
Na época, ele alegou que não podia se negar a cumprir a ordem e que havia mantido as informações no banco.
Como assessor do gabinete de Lula, Jeter receberá R$ 10.373,30. Sua nomeação, assinada pelo ministro da Casa Civil Rui Costa, saiu no Diário Oficial da União de terça.