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O embaixador alemão no Brasil, Heiko Thoms, confirmou hoje (20) que o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, visitará o Brasil no próximo dia 30. A data já tinha sido antecipada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas, até ontem, não era confirmada por fontes diplomáticas alemãs.
“O chanceler da Alemanha acabou de confirmar a sua vinda ao Brasil no dia 30 de janeiro”, escreveu o embaixador em sua conta no Twitter.
Para Thoms, a visita de Scholz, a segunda de uma autoridade alemã em menos de um mês, é um “sinal de fortalecimento da cooperação” entre os dois países.
O chanceler alemão viajará acompanhado por outros ministros e por representantes de grandes empresas alemãs.
Importante parceiro comercial brasileiro, a Alemanha tem manifestando interesse em uma reaproximação política com o Brasil, com a possibilidade inclusive de destinar mais recursos financeiros para custear projetos e ações de preservação ambiental desenvolvidos no país, principalmente na Amazônia.
No começo de janeiro, quando o presidente Frank-Walter Steinmeier veio ao Brasil para prestigiar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Alemanha anunciou o desbloqueio de € 35 milhões destinados ao Fundo Amazônia, a título de compensação pela redução do desmatamento no bioma amazônico durante o ano de 2017.
Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal.
Os recursos são usados para financiar projetos de redução do desmatamento e a fiscalização do bioma.
Em seu primeiro dia à frente do Poder Executivo, Lula assinou o Decreto nº 11.368, autorizando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a voltar a captar doações financeiras para o Fundo Amazônia.
Além da área ambiental, Lula e Scholz, que é, de fato, quem comanda politicamente a Alemanha, também devem tratar de formas de ampliar as relações comerciais entre os dois países e o crescimento da extrema-direita em vários países.
Durante a entrevista à GloboNews, Lula disse querer conversar com o chanceler alemão sobre como a “extrema-direita” vem crescendo na Europa e no mundo.