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O senador Marcos do Val prestou depoimento à Polícia Federal, nesta quinta-feira (2), no âmbito da investigação que apura os atos de vandalismo de 8 de janeiro. Ao falar com a imprensa após o depoimento, o parlamentar se mostrou arrependido por envolver o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na história sobre um suposto plano de golpe de Estado que envolvia gravar conversas com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“São três momentos que eu estou vivenciando. Primeiro no vídeo de madrugada (na live onde fez a denúncia) onde eu estava muito revoltado porque os bolsonaristas estavam me atacando em razão da eleição (de Pacheco) na presidência (do Senado) e esse momento em que eu estava no café da manhã (e mudou a versão). Então tem coisas que não deveriam ter sido ditas. Foi a falta daquela malícia de um político que eu nunca fiz. Tem coisas ali (na reunião com Bolsonaro e Silveira) que se fosse agora eu diria que foi interpretação minha”, disse o senador.
“O presidente estava em uma posição semelhante à minha, escutando uma ideia esdrúxula do Daniel Silveira”, pontuou Marcos do Val após dizer que percebia que o ex-deputado queria achar uma forma de não ser preso”, prosseguiu.
Segundo o senador do Espírito Santo, sua suposta denúncia contra Bolsonaro foi “um excesso”, causado em razão dos ataques que sofreu. “Isso foi um excesso porque eu estava depois da eleição. O fato de ter ido parabenizar o Rodrigo Pacheco pela vitória, os bolsominios, os bolsonaristas, começaram a me atacar, dizendo que eu tinha mentido que iria votar no Marinho. Então estavam dizendo que eu era um traidor e começou um movimento enorme. Isso é família que também vai recebendo mensagens. Então você chega num nível de irritabilidade gigantesco. Chega uma hora que você não suporta. Foi um desabafo”, disse.