Política

PF adia depoimento do ex-ministro de Minas e Energia sobre joias sauditas

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) aceitou adiar a tomada do depoimento do ex-ministro de Minas e Energia do Governo Bolsonaro, Bento Albuquerque, e do ex-assessor da pasta dele Marcos André dos Santos Soeiro.

Eles serão ouvidos no inquérito da PF que apura o caso das joias que teriam sido presenteadas pelo governo da Arábia Saudita a representantes do Governo Bolsonaro durante uma viagem de negócios que Albuquerque fez ao país em 2021, em caráter oficial.

O depoimento foi adiado a pedido dos advogados do ex-ministro. Ele estava previsto para hoje (09).

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Como o inquérito policial tramita na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência da PF em SP, e Albuquerque mora no Rio, a oitiva será feita por videoconferência, provavelmente na próxima terça-feira (14).

Na última segunda-feira (06), a PF instaurou o inquérito após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ter anunciado que os fatos sobre o caso das joias sauditas “podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos”.

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Entre 20 e 26 de outubro de 2021, Albuquerque viajou à Arábia Saudita na companhia de dois assessores, o então chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério de Minas e Energia, Christian Vargas, e o então chefe do escritório de Representações da pasta no Rio, Marcos André Soeiro.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, “na qualidade de enviado especial do [então] presidente da República, Jair Bolsonaro, Bento Albuquerque participará do lançamento oficial da Iniciativa Verde Saudita (Saudi Green Initiative) e da Cúpula da Iniciativa Verde do Oriente Médio (Middle East Green Initiative Summit), realizadas em Riade”.

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A comitiva brasileira se reuniu com autoridades locais como o príncipe regente Mohammed bin Salman.

De acordo com Albuquerque, perto do fim da viagem, como de costume, os interlocutores de Mohammed o presentearam com duas caixas que nem ele, nem os dois assessores abriram para conferir o conteúdo.

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Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), Albuquerque e Soeiro informaram à Receita que não tinham nenhum objeto de valor a declarar.

Soeiro, contudo, foi selecionado, aleatoriamente, para ter a bagagem inspecionada.

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Foi então que o agente da Receita encontrou uma das duas caixas contendo joias femininas (um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes) avaliados em cerca de 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 16,5 milhões).

As câmeras de segurança instaladas no Aeroporto de Guarulhos registraram a inspeção da bagagem de Soeiro, bem como o momento em que Albuquerque, alertado de que o assessor tinha sido parado, retorna à área da alfândega.

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A gravação mostra a fala do próprio Albuquerque explicando aos servidores da Receita que as joias eram um presente que seria entregue à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Como Soeiro e Albuquerque tinham informado que não tinham nada a declarar, os agentes seguiram a lei e apreenderam o conjunto de joias femininas.

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