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Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que algumas empresas chinesas de comércio eletrônico praticam “concorrência desleal” com companhias do Brasil ao burlar as regras de importação.
O ministro deu a declaração na China, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em visita oficial ao país do ditador comunista Xi Jinping.
“O que está se reclamando por parte de algumas empresas é que está havendo uma espécie de concorrência desleal por parte de alguns sites. Está sendo investigado e será coibido. Melhor que pode acontecer ao consumidor e economia brasileira é uma isonomia na concorrência”, disse o ministro.
Nesta semana, o Governo Lula anunciou que, para combater a sonegação de impostos, vai acabar com a isenção até US$ 50 para envios por pessoas físicas.
Assim, todas as encomendas vão ser tributadas igualmente: em 60% do valor da mercadoria.
O ministro da Fazenda afirmou também na entrevista que é preciso igualdade de condições de concorrência entre empresas brasileiras e estrangerias.
“Quando não tem [igualdade], prejudica muito a economia. Ninguém acha eu vai ser bom para a economia brasileira contrabando, carga roubada, mercadorias feitas com base em trabalho análogo à escravidão. Nada disso vai ser bom ao Brasil, e a maneira de garantir isso é concorrência igual para todo mundo”, disse Haddad.
Na conversa, o petista também disse que está havendo, em sua visão, muita confusão e desinformação sobre a medida: “Tem empresas brasileiras que atuam no Brasil, tanto com lojas abertas tanto com comércio virtual. Tem empresas estrangeiras que têm sede no Brasil, e tem portais estrangeiros que vendem no Brasil. E tudo isso é legal, e ninguém está pensando em aumentar imposto”.