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Nesta terça-feira (19), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma moção de apoio e solidariedade ao senador Sérgio Moro (União-PR), sua família e demais autoridades públicas vítimas de ameaças por parte de membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). No mês passado, a Polícia Federal desbaratou uma quadrilha que pretendia sequestrar o ex-juiz da Operação Lava Jato.
Autor do requerimento, o deputado Mendonça Filho (União-PE) disse que o objetivo não é reviver divisões políticas. “Um senador da República, uma deputada federal, seus filhos, um promotor público do estado de São Paulo foram ameaçados de morte e de sequestro pelo crime organizado”, disse o parlamentar.
“Eu não queria fazer desse requerimento uma proposta para reviver divisões políticas, porque quando a gente defende o direito à vida, à integridade física das pessoas, quando a gente defende o estado democrático de direito, o respeito às instituições, às figuras que compõem o Estado brasileiro – senadores e deputados – evidentemente que esse debate tem que se sobrepor ao antagonismo político”, disse Mendonça.
Por outro lado, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) foi contra o requerimento. Para o petista, a moção “tem claramente um sentido político” e o momento não seria apropriado, uma vez que a Procuradoria-Geral da República acaba de pedir a prisão de Moro, depois da divulgação de um vídeo em que o senador sugeria “comprar” um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.