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A cúpula do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem mostrado grande irritação com Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário. Para eles, Teixeira não tem contribuído para fazer avançar o debate a respeito da reforma agrária e assim reduzir a tensão com os movimentos do campo.
A avaliação do grupo é a de que o ministro não deu encaminhamento a essas demandas nesses primeiros meses de governo. Os membros do MST alegam que saíram sempre sem debates substantivos a respeito de seus temas de interesse das reuniões com o ministro. Sem retorno concreto à militância, a tensão se agravou no chamado abril vermelho, mês em que anualmente acontece a maior parte das invasões promovidas pelo movimento.
O MST diz que a dificuldade está concentrada em Teixeira, cuja postura é definida como intransigente. As reuniões recentes com Cesar Aldrighi, presidente do Incra, e Edegar Pretto, da Conab, foram consideradas produtivas, assim como encontros nos ministérios da Cultura, da Educação e da Saúde.
Na terça-feira (19), Paulo Teixeira, disse que a desocupação de terras invadidas nos últimos dias pelo MST é um condicionante para o governo prosseguir com o programa de reforma agrária. Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também fez questão de condenar as ofensivas recentes do movimento social.
“A minha opinião é que essa jornada de luta já acabou, estamos pedindo as retiradas, para prosseguir o programa de reforma agrária. O condicionante nosso é esse”, disse Teixeira em entrevista ao jornal o Globo.