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O advogado Paulo Boudens, apontado como o operador de um esquema de ‘rachadinha’ no gabinete do senador Davi Alcolumbre (União-AP), continua contratado como assessor do parlamentar. A informação é da Revista Veja.
Boudens recebe 24 mil reais de salário por mês, num regime de “trabalho diferenciado”, de acordo com a revista.
A Veja ouviu dois funcionários de Alcolumbre que confirmaram que Boudens não comparece ao gabinete. “Faz mais de ano que o doutor Boudens não vem aqui. Ele fica de sobreaviso e só vem quando o senador Alcolumbre precisa dele”, disse um dos entrevistados à revista.
A RACHADINHA DE ALCOLUMBRE
Mulheres da periferia de Brasília foram contratadas como assessoras no gabinete do parlamentar, nunca trabalharam e devolviam a maior parte dos salários.
Boudens fechou um acordo de não persecução penal com a PGR após o escândalo e se comprometeu a devolver o dinheiro desviado: 2 milhões de reais.
Ao assumir a responsabilidade pelo crime, o advogado poupou Alcolumbre de uma investigação direta.
O acordo firmado entre a PGR e Boudens é sigiloso. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal e está em posse do ministro Luís Roberto Barroso.
Em nota à Veja, o gabinete de Alcolumbre explicou que eventuais medidas, como a punição do servidor, serão tomadas apenas depois da conclusão das investigações, respeitando o “princípio da presunção de inocência”.