Política

TV divulga transcrição de áudio do coronel Elcio Franco sobre em plano para golpe de Estado

(Tony Winston/MS/Flickr)

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O ex-major do Exército Ailton Barros e o coronel Elcio Franco conversaram sobre possibilidades para um golpe de Estado. A transcrição do áudio foi divulgada pela CNN Brasil, nesta segunda-feira (8). Elcio Franco é ex-número 2 do Ministério da Saúde.

 

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Segundo a CNN Brasil, o coronel Élcio e o ex-major Ailton Gonçalves Moraes Barros, preso na Operação Venire, conversavam por telefone sobre como o golpe poderia ocorrer e criticavam o ex-comandante do Exército general Freire Gomes por não aderir aos planos golpistas.

Nas conversas, Ailton Barros e o coronel Elcio Franco chamam a cúpula do Exército de “comando de merda”, e falam ainda em “superar” a autoridade de Freire Gomes para concretizar o desejo de retomar o poder após a derrota de Bolsonaro nas urnas, em 2022.

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As mensagens fazem parte do inquérito da Polícia Federal contra o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Na semana passada, outros áudios revelavam conversas de Ailton e Cid.

Abaixo um trecho da transcrição das conversas entre os dois:

“Olha, eu entendo o seguinte: é Virgílio. Essa enrolação vai continuar acontecendo” – Virgílio era um comandante de um batalhão importante do Exército.

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“O Freire não vai. Você não vai esperar dele que ele tome à frente nesse assunto, mas ele não pode impedir de receber a ordem. Ele vai dizer, morrer de pé junto, porque ele tá mostrando. Ele tá com medo das consequências, pô. Medo das consequências é o quê? Ele ter insuflado? Qual foi a sua assessoria? Ele tá indo pra pior hipótese. E qual, qual é a pior hipótese?”.

Elcio diz: “Ah, deu tudo errado, o presidente foi preso e ele tá sendo chamado a responder. Eu falei, ó, eu, durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente, pô, falei que não, não deveria fazer, que não deveria fazer, que não deveria fazer e pronto. Vai pro Tribunal de Nurenberg desse jeito. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu, comandante da Força, tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então, sinceramente, é dessa forma que tem que ser visto”.

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Em outro trecho, Ailton Barros diz a Franco: “[É preciso convencer] o general Pimentel. Esse alto comando de m… que não quer fazer as p…, é preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”.

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