Política

Ex-deputado federal David Miranda morre aos 37 anos

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Na manhã desta terça-feira (09), o ex-deputado federal David Miranda morreu aos 37 anos. Ele foi internado no dia 6 de agosto de 2022, no Rio de Janeiro (RJ), para tratar uma infecção gastrointestinal, e foi alvo de infecções sucessivas, em um quadro de septicemia.

O anúncio de sua morte foi feita pelo seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, por meio das redes sociais.

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Miranda faria 38 anos nesta quarta-feira (10). Ele deixa o marido e dois filhos.

CONFIRA A DECLARAÇÃO COMPLETA DE GREENWALD SOBRE O FALECIMENTO DE DAVID:

“É com a mais profunda tristeza que comunico o falecimento do meu esposo, David Miranda. Ele faria 38 anos amanhã. Sua morte, esta manhã, ocorreu após uma batalha de 9 meses na UTI. Ele morreu em plena paz, cercado por nossos filhos, familiares e amigos.

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A vida de David foi extraordinária em todos os aspectos. Sua mãe morreu quando ele tinha 5 anos, deixando-o órfão em Jacarezinho. Mas uma vizinha linda e compassiva, Dona Eliane, acolheu-o apesar de ter 4 filhos de sua própria e profunda pobreza, tornou-se sua mãe, deu-lhe uma chance de vida.

Isso deu a David a chance de viver todo o seu potencial em uma sociedade que muitas vezes o sufoca. Ele foi a chave para a história de Snowden, tornou-se o primeiro homem gay eleito para a Câmara Municipal do Rio, depois para o Congresso federal aos 32 anos. Ele inspirou muitos com sua biografia, paixão e força de vida.

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Por causa de como David cresceu, sempre houve muitas suposições feitas por aqueles que não o conheciam. Qualquer um que o fez dirá que não havia ninguém com uma vontade ou força vital mais forte. Ele estava orgulhoso de ter sido nomeado pela TIME como nossos Líderes da Próxima Geração.

Mas de longe o maior sonho de David, o que lhe dava maior orgulho e propósito, era ser pai. Ele era o pai mais dedicado e amoroso. Ele me ensinou a ser pai. E nossos meninos verdadeiramente excepcionais – com seu próprio começo de vida difícil – é seu maior legado.

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Quando David chegou ao hospital no último dia 6 de agosto, disseram-me que havia poucas chances de ele sobreviver naquela semana. Eu ouvi o mesmo 3 vezes desde então. Ele recusou, no estilo clássico de David. Os últimos 4 meses proporcionaram à nossa família os mais belos momentos juntos.

David era singular: o homem mais forte, apaixonado e compassivo que já conheci. Ninguém tinha uma palavra ruim para ele. Não consigo descrever a perda e a dor. Farei o possível para honrar seu legado: nossas crianças e nossas ONGs. E eu sei que muitos irão celebrá-lo e seu impacto”.

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