Na manhã desta sexta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros realizaram uma reunião em que discutiram sobre a possibilidade de reverter em plenário as mudanças realizadas pela comissão mista na medida provisória que reorganizou a estrutura do governo. O descontentamento em relação à redução dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas tem sido evidente na militância petista, gerando críticas à postura ambiental de Lula desde sua campanha eleitoral.
Após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com as ministras Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), foi anunciado que as três ministras tiveram suas áreas de atuação reduzidas significativamente após a aprovação do relatório da MP na comissão mista do Congresso.
A ação para impedir a transferência da agência é interpretada como uma sinalização em direção a Marina Silva e aos ativistas ambientais, que demonstram descontentamento em relação às alterações efetuadas pelo grupo denominado centrão e pelos ruralistas na medida provisória.
“Fizemos uma avaliação da votação na comissão mista e a reunião foi no sentido de reafirmar a prerrogativa de quem ganhou eleição poder decidir como organizar a estrutura de governo. Nos pontos em que não foi mantido [o texto original], o governo continuará trabalhando nos outros espaços legislativos para retomar o conceito original”, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa a jornalistas.
“[As mudanças] representam pontos muito importantes, agora, que quantitativamente são poucos em relação ao conjunto. E, por serem poucos, nós achamos que agora nas outras instâncias nós iremos focar nesses pontos para reabilitar o conceito original da MP”, acrescentou Rui Costa.
Os jornalistas foram atendidos não apenas pelo governador Rui Costa, mas também pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e pelo secretário de Comunicação, Paulo Pimenta. Acompanhando-os estavam os líderes do governo no Congresso: o senador Randolfe Rodrigues e o deputado federal José Guimarães.
“São Pontos importantes, são pontos relevantes, que nós vamos continuar conversando Congresso Nacional mesmo com essas mudanças não impedem a implementação do programa de governo do presidente Lula e da sua ação onde coloca a sustentabilidade ambiental no centro da agenda de desenvolvimento econômico”, disse Padilha.