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Na segunda-feira (05), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou a suspensão dos processos que envolvem o delator Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, na Justiça Federal de Curitiba.
O magistrado também determinou que sejam encaminhadas cópias de “todos os feitos em que ele figure como parte, testemunha ou investigado” ao STF.
“Não se podendo proferir nenhuma decisão nos referidos autos, nem mesmo as de caráter urgente”, escreveu Toffoli em sua decisão.
Tony Garcia é ex-deputado estadual do Paraná. O empresário colaborou com investigações do MP paranaense contra o ex-governador Beto Richa (PSDB) sobre as fraudes do Consórcio Nacional Garibaldi e no caso Banestado.
Garcia foi condenado a 6 anos de prisão por crimes financeiros envolvendo o Consórcio Garibaldi. Porém, o ex-parlamentar conseguiu reverter a condenação para prestação de serviços comunitários, por ter colaborado com a Justiça e se comprometer a pagar parte dos prejuízos.
Nos últimos dias, Tony Garcia tem dito em entrevistas que atuou “agente infiltrado” do então juiz Sergio Moro, responsável pelo caso Banestado, e procuradores do Paraná.
Na segunda, a juíza federal Gabriela Hardt, atualmente à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba, se declarou impedida para julgar uma ação envolvendo Garcia.
O motivo, segundo Hardt, é uma ação movida por ela contra Tony Garcia por supostas ofensas contra a sua honra.
“Encaminhando-se cópia integral de todos os feitos em que ele figure como parte, testemunha ou investigado ao Supremo Tribunal Federal, não se podendo proferir nenhuma decisão nos referidos autos, nem mesmo as de caráter urgente”, diz Toffoli na decisão.