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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso na tarde desta terça-feira (04) durante abertura da cúpula de chefes de Estado do Mercosul, que está acontecendo na Argentina. Hoje, o Brasil foi escolhido titular da presidência do bloco.
Em sua fala, Lula afirmou que é importante que o Mercosul apresente à União Europeia (UE) uma resposta firme e contundente ao acordo de livre comércio.
“O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente”, defendeu Lula durante pronunciamento.
O presidente também foi enfático ao dizer que o Mercosul não vai se satisfazer apenas com o “eterno papel de exportadores de matérias-primas” e que, para que possam exigir isso em negociações, é preciso de maior “integração e articulação”, de acordo com ele.
“É inadmissível abrir mão do poder de compra do Estado, um dos poucos instrumentos de política industrial que nos resta. Não temos interesse em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matérias-primas, minérios e petróleo. Precisamos de políticas que contemplem uma integração regional profunda, baseada no trabalho qualificado e na produção de ciência, tecnologia e inovação. Isso requer mais integração, a articulação de processos produtivos e na interconexão energética, viária e de comunicações”, afirmou Lula.