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Nesta quarta-feira (02), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Argentina nos Brics, grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em conversa com correspondentes estrangeiros, Lula também disse que o G7 é um “clube” que não deveria existir, pois sua forma de realizar geopolítica está superada.
O petista também disse que o FMI muitas vezes ajuda a “afundar os países”.
“Eu acho extremamente importante a Arábia Saudita entrar nos Brics. Acho extremamente importante os Emirados Árabes, se quiser entrar nos Brics, entrar nos Brics, [também] a Argentina”, afirmou Lula, acrescentando que a decisão precisa ser tomada por todos os países do bloco.
“Espero que um dia as pessoas percebam que o jeito de discutir política no G7 está superado. É preciso abrir. Na verdade, o G7 nem devera existir depois da criação do G20. As mesmas pessoas participam do G7 e do G20, então não sei para quê a continuidade. Mas as pessoas criaram um clube, querem participar e não sou eu que vou impedir”, disse o petista.
“Todo mundo sabe que eu defendo a ideia de que a gente tenha uma moeda própria para fazer comércio entre os países. Tenho dito publicamente: por que o Brasil precisa de dólar para fazer comércio com a China? A gente pode fazer na nossa moeda. Por que o Brasil precisa de dólar para fazer comércio com a Argentina? A gente pode fazer nas nossas moedas. E mensalmente os bancos centrais fazem o acerto de contas. Não é uma coisa fácil de discutir”, continuou Lula.
“Eu acho que o Banco dos Brics tem que ser mais eficaz e mais generoso que o FMI. Ou seja, um banco ele existe para ajudar a salvar o país e não para ajudar a afundar o país, que é o que o FMI faz muitas vezes”, disse o presidente. “O Brics, na minha opinião […] deve servir para ajudar com um financiamento adequado, sem espada na cabeça, os outros países a se desenvolver. Eu espero que se a gente conseguir formular esse novo banco, com essa nova mentalidade, a gente possa reeducar as instituições do Bretton Woods a se comportarem de forma diferente”, completou Lula.