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O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, tentou vender um rolex recebido em viagem oficial à Arábia Saudita. A informação consta de documentos obtidos pela CPMI do 8 de janeiro.
Em troca de e-mails, um interlocutor responde a Mauro Cid agradecendo pelo interesse em vender o relógio, e questiona se a peça tem certificado de garantia original.
O remetente explica ainda que o mercado para relógios da marca Rolex usados está em baixa, já que o valor de produção é muito elevado.
De acordo com o site r7, Cid recebeu a Maria Farani uma mensagem que expressava interesse na compra da joia. Ainda não se sabe se ela estaria intermediando o negócio.
Na época, Maria Farani assessorava o Gabinete Adjunto de Informações do ex-presidente.
A troca de mensagens foi feita em inglês, e, nelas, uma pessoa não identificada agradece pelo interesse em vender.
“Obrigado pelo interesse em vender seu Rolex. Tentei falar com vc por telefone mas não consegui contato. Pode me dizer se você tem a garantia/certificado desse relógio? Quanto você queria conseguir nele? O mercado pra Rolex usados tem diminuído bastante, especialmente de platina e diamante (já que o valor de varejo é tão alto). Só quero confirmar que nós estamos na mesma página antes de fazermos muita pesquisa. Ansioso para ouvir sua resposta”, diz a pessoa para Cid.
De acordo com os documentos obtidos , Mauro Cid responde dizendo que não existe um certificado e que foi um presente.
“Não temos o certificado do relógio, já que foi um presente recebido em uma viagem oficial de trabalho. O que nós temos é o selo verde que vem junto com o relógio. E eu também garanto que o relógio nunca foi usado. Eu pretendo conseguir algo no valor de 60 mil dólares”, afirmou.
O relógio Rolex negociado por Cid é descrito como um modelo em ouro, platina e diamantes, em estado de conservação bom, caixa em madrepérola e diamantes.