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O deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI do MST, comunicou hoje, quinta-feira (10), que a comissão está planejando encerrar suas atividades já na próxima semana, apesar de o prazo oficial para o término dos trabalhos ser em 14 de setembro. A comissão perdeu força após uma aliança entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o governo, levando os membros da CPI que fazem oposição ao governo a considerar a possibilidade de concluir o relatório e submetê-lo a votação na semana vindoura.
“Nós decidimos diante dessas manobras não prorrogar a CPI. Para além dessa decisão, nós estamos considerando firmemente a hipótese de fazer um relatório já na semana que vem e encerrar a CPI. Se não temos condições de ficar atuando para buscar a verdade, não vamos ficar fazendo teatro na CPI”, disse Salles.
“Essa é a última medida. A entrega do relatório e submissão ao voto. Com essa configuração da comissão agora temos sérias dúvidas se aprovariam um relatório. Não estamos nem contando com essa hipótese de aprovar o relatório”, declarou o relator.
Conforme o cronograma estabelecido, a CPI do MST tem um prazo determinado para operar até 14 de setembro. Recentemente, tanto Salles quanto o presidente da comissão, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), tentaram negociar a prorrogação dos trabalhos da comissão, porém, essa tentativa foi abandonada após Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara, invalidar a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, a qual havia sido aprovada pelo comitê.
Adicionalmente, o partido Republicanos substituiu deputados que eram contrários ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por parlamentares que possuem uma posição mais alinhada ao Palácio do Planalto. Tal mudança foi acompanhada pela saída de parlamentares do Republicanos que eram críticos ao governo anterior, indicando uma possível troca de afinidades política. O partido Republicanos está atualmente em negociações para obter um cargo na Esplanada dos Ministérios.