Lula rebate críticas de Mark Ruffalo à Declaração de Belém

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu, no Twitter, a uma crítica do ator e diretor Mark Ruffalo sobre a Amazônia. Lula convidou Ruffalo a vir ao Brasil em breve e visitar a Amazônia, e também cobrou as promessas de “países ricos” para enfrentar as mudanças climáticas.

Ruffalo havia criticado a Declaração de Belém, um protocolo de metas assinado por países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA). O documento não incluiu o desmatamento zero como meta nem elencou o fim da exploração do petróleo na região como horizonte. Essas lacunas geraram críticas de especialistas e ambientalistas pela falta de ambição das propostas em frear o desmatamento e a exploração de recursos naturais na região.

Em post no Twitter, Ruffalo disse que Lula, que chefiou a cúpula, é um de seus “heróis”, mas lhe “parte o coração ver que a Declaração de Belém não tem objetivos concretos para proteger a floresta tropical”, disse o ator. “Felizmente, sob sua liderança, esta cúpula finalmente estabeleceu as principais proteções para os povos indígenas. Obrigado por ouvir as vozes daqueles que estão na linha de frente da emergência climática”, acrescentou.

O comentário de Ruffalo dizia respeito à Declaração de Belém, um protocolo de metas assinado por países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA), incluindo Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. O protocolo, estabelecido durante a Cúpula da Amazônia, não definiu a meta de desmatamento zero nem abordou o fim da exploração de petróleo na região, gerando críticas de especialistas e ambientalistas por sua falta de ambição em relação à preservação da floresta e dos recursos naturais.

Em resposta, Lula disse que proteger a Amazônia “é realmente um desafio imenso” e que o evento “foi um passo a mais em uma trajetória para transformar a região com um modelo que combina desenvolvimento sustentável e preservação ambiental”. Também convidou Ruffalo a vir ao Brasil e conhecer a floresta.

“Na Declaração de Belém estabelecemos uma série de compromissos, como um plano de segurança que vai criar bases fluviais e terrestres. Segurança para proteger o nosso bioma. É o ponto de partida para a construção de um consenso em torno da proteção da Amazônia. E os países da América do Sul estão conscientes dessa importância”, disse o presidente.