Política

CPI do MST: Kim Kataguiri diz que João Pedro Stedile mentiu em depoimento e aciona MPF

Foto: Reprodução/TV Câmara

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Nesta quarta-feira (16), o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) enviou uma notícia-crime ao Ministério Público contra o líder nacional do MST (Movimento Sem Terra), João Pedro Stédile. A acusação se baseia no suposto falso testemunho dado por Stédile durante o depoimento prestado na CPI do MST.

O deputado argumenta que Stédile afirmou não ter conhecimento sobre o caso de uma senhora que foi expulsa do movimento no DF e alega ter vivido em condição análoga à escravidão. Kim alega que o líder do MST mentiu ao dizer que desconhecia casos de possíveis abusos em acampamentos do movimento, que foram apresentados na comissão. O deputado solicitou que a Polícia Federal inicie um inquérito policial caso o Ministério Público Federal não concorde em abrir um processo penal.

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“Não conhecia nenhum dos fatos relatados e, se isso for verdade, vai contra os princípios do MST”, disse Stédile no depoimento à CPI. “Eu disse e repito: não conhecia os fatos como foram descritos aqui. O caso do DF eu comentei no podcast porque assisti vocês falando [na CPI]”, disse  Stedile na terça-feira. “Tive a ciência depois que vocês falaram, mas não antes como estão dizendo”. 

“Acionei o MPF contra João Pedro Stédile por crime de falso testemunho, cometido na reunião da CPI do MST de ontem (15/08/2023). À CPI, o líder do MST afirmou desconhecer o caso de uma senhora que foi expulsa do movimento no DF, e afirma ter vivido em condição análoga à escravidão. No entanto, Stédile já havia comentado o caso anteriormente, em entrevista ao Flow Podcast. Em junho, ao Flow, Stédile afirmou que a senhora em questão causava problemas, era oportunista e, por isso, foi expulsa do movimento. O crime de falso testemunho prevê pena de 2 a 4 de reclusão”, escreveu Kim.

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