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A Polícia Federal (PF) solicitará ao Supremo Tribunal Federal (STF) o bloqueio de R$ 17,2 milhões que foram doados ao ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de transações via Pix.
Segundo a CNN Brasil, o argumento usada pelos investigadores é que a origem do dinheiro pode estar relacionada à comercialização de joias e presentes que foram ofertados a Bolsonaro e posteriormente vendidos nos Estados Unidos.
O valor depositado na conta bancária de Bolsonaro seria, alegadamente, destinado ao pagamento de multas que ele recebeu durante a pandemia por não cumprir o uso obrigatório de máscaras.
O pedido de bloqueio dos fundos será encaminhado nos próximos dias ao ministro Alexandre de Moraes, que é responsável por julgar as ações penais contra Bolsonaro.
A PF argumenta que o bloqueio dos fundos e a obtenção de informações bancárias e fiscais de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro serão necessárias para identificar a fonte do dinheiro depositado de maneira fracionada.
Conforme relatado pela Gazeta Brasil, PF está em processo de cruzamento de dados para tentar identificar, individualmente, os doadores dos R$ 17 milhões que foram enviados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) através de transações via Pix.
De acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), entre o período de 1º de janeiro e 4 de julho, Bolsonaro recebeu mais de 769 mil transações por meio do Pix, totalizando o montante de R$ 17.196.005,80. Este valor abrange praticamente todo o volume financeiro movimentado pelo ex-presidente durante esse período, o qual somou R$ 18.498.532,66.
Além disso, o Coaf identificou que Bolsonaro direcionou os R$ 17 milhões recebidos para investimentos em renda fixa durante os primeiros seis meses de 2023. O documento mostra que essas aplicações foram realizadas em Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e Recibos de Depósito Bancário (RDB), totalizando o valor mencionado de R$ 17 milhões.
O CDB e o RDB são modalidades destacadas de investimentos em renda fixa disponíveis no mercado financeiro, os quais estão associados à variação da taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 13,75% ao ano.