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Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (13) que está tranquilo em relação à delação premiada realizada pelo o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.
“O Cid é uma pessoa decente. É bom caráter. Não vai inventar nada, até porque o que ele falar, vai ter que comprovar. Há uma intenção de nos ligar ao 8/1 de alguma forma. E o Cid não tem o que falar no tocante a isso porque não existe ligação nossa com o 8/1″.
“Eu me retraí [depois da derrota para Lula], fiquei no Palácio da Alvorada dois meses e fui poucas vezes na Presidência. Recebi poucas pessoas”, disse o ex-presidente.
“Ele foi pessoa de minha confiança ao longo dos quatro anos [de governo]. Fez um bom trabalho e tinha aquela vontade de resolver as coisas. O telefone dele, por exemplo, eu chamava de muro das lamentações. Não só militares, mas civis que queriam chegar a mim, vinham através dele”, disse o ex-presidente.
“Ele não participava de nada. Eu estive com o Putin, por exemplo. Estive com o Trump. Éramos eu e o intérprete. Ele [Cid] nunca estava [nas conversas]”, afirmou.
“Ele era de minha confiança. Tratava de minhas contas bancárias. Cuidava de algumas coisas da primeira-dama [Michelle Bolsonaro] também. Era um cara para desenrolar meus problemas. Um supersecretário de confiança. Fala inglês, e das forças especiais, é filho de um general da minha turma. Mas ele não participava [das decisões políticas do governo]”, disse Bolsonaro.
A conversa foi realizada na segunda-feira (11), no Hospital Vila Nova Star, na capital paulista, onde Bolsonaro está internado por ter realizado novas cirurgias.