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O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que um golpe militar nunca interessou às Forças Armadas. A declaração foi feita pelo ministro de Lula ao chegar a seu ministério e conversar com jornalistas na manhã desta quinta-feira (21).
Múcio lamentou o “manto de suspeição” que recaiu sobre a instituição após Mauro Cid delatar reunião de comandantes militares com Bolsonaro para falar de golpe.
De acordo com o ministro, as Forças Armadas garantiram “a manutenção da democracia” e planejamentos de golpe foram “atitudes isoladas de componentes das Forças”.
“Não mexe conosco [diretamente], porque se trata de pessoas que pertenceram, que estão na reserva, os citados, mas nós desejamos muito que tudo seja esclarecido. Evidentemente esse ambiente que a gente vive nos constrange e essa aura de suspeição coletiva nos incomoda”, disse Múcio.
O ministro de Lula afirmou que pretende conversar com os atuais comandantes das Forças Armadas sobre a delação de Cid, mas repetiu algumas vezes que o problema diz respeito a militares que trabalharam no Governo Bolsonaro.
“Essas coisas que saíram hoje são em relação ao governo passado, comandantes passados, não mexe com ninguém que está na ativa”, afirmou.
“Ficamos sempre torcendo que essas coisas tenham fim, porque você pode imaginar o que é trabalhar com um manto de suspeição, é muito ruim. quem não tem nada a ver com isso se sente incomodado. Mas tudo vai chegar a um bom fim. Tenho certeza cristalina de que o golpe não interessou, em momento nenhum, às Forças Armadas. São atitudes isoladas de componentes das Forças, mas nós devemos ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica a manutenção da nossa democracia”, disse Múcio.