Política

Guilherme Boulos: “não vou ceder a extremismo nenhum”

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O líder do Psol na Câmara e pré-candidato a prefeito de São Paulo em 2024, Guilherme Boulos, lamentou a saída de Jean Gorinchteyn da coordenação da área de saúde de seu programa de governo. Por outro lado, o líder da esquerda disse que “não cederá ao extremismo”.

Jean Gorinchteyn anunciou sua saída da coordenação do plano de saúde da pré-candidatura de Boulos à prefeitura de São Paulo. A informação foi compartilhada pelo ex-secretário neste domingo, 8, em seu perfil no Instagram. De acordo com Gorinchteyn, a decisão veio diante da postura “pró-palestina” que “não condena” o grupo Hamas, que atacou o território de Israel no sábado, 7.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Setores de extrema-direita postaram uma foto de quando visitei a Cisjordânia para conhecer a situação dos territórios palestinos e disseram que eu estava associado ao Hamas. Isso criou ‘fake news’ e Jean recebeu pressões de extremistas para tomar essa posição. Lamento. Agora, não vou ceder a extremismo nenhum e não vou modificar minhas convicções por qualquer tipo de conveniência”, disse Boulos em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quarta-feira (11).

Boulos também voltou a se manifestar contra os ataques violentos que matam civis israelenses e palestinos. “Eu condeno sem meias-palavras os ataques do Hamas a civis israelenses, como condeno sem meias-palavras os ataques do Benjamin Netanyahu a civis palestinos. Não podemos ter dupla moralidade”, disse Boulos.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Além de lamentar a saída de Gorinchteyn, Boulos afirmou que seus desafios serão conquistar apoios para além da esquerda e superar a imagem de “invasor” e “radical” usada por opositores em relação à sua militância no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

“O desafio é quebrar uma caricatura que foi feita a meu respeito em um processo de criminalização de movimento social. Minha trajetória, minha luta por moradia digna é conhecida, mas hoje o debate político no país se tornou muito rebaixado, se resolve com meme, com vídeo lacração de 15 segundos. E houve estigmatização da minha trajetória, de extremista, invasor, radical”, disse Boulos.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Segundo ele, isso se quebra com diálogo. Boulos declarou que espera uma disputa contra o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), marcada por “fake news”. Atualmente, o emedebista negocia uma aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile