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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), condenou nesta sexta-feira (20) o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para perseguir adversários políticos e jornalistas.
Em entrevista coletiva, Pacheco disse que o uso de uma instituição de Estado para esse fim é “algo gravíssimo” e que deve ser “exemplarmente punido”.
“Eu acho que o trabalho da Justiça deve ser independente. E, pelos indícios apresentados do uso de uma instituição de estado para essa finalidade de perseguição política, é algo gravíssimo que deve ser exemplarmente reprimido”, afirmou Pacheco.
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira uma operação para investigar o uso ilegal do sistema de geolocalização de dispositivos móveis por servidores da Abin sem autorização judicial.
Adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e jornalistas estão entre os alvos do monitoramento ilegal. Dois servidores foram presos preventivamente em Brasília. A PF também cumpre 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
A PF investiga o uso de um programa espião para monitorar a localização de pessoas, sem autorização judicial. A PF suspeita que o programa, adquirido na gestão Michel Temer, tenha sido utilizado para monitorar ministros do STF e parlamentares.
Pacheco disse que se informou a respeito da operação somente pela imprensa e que não tem mais nenhum elemento em relação a isso.
“Eu tive informações da operação apenas pela imprensa, não tenho mais nenhum elemento em relação a isso. Eu acho que o trabalho da Justiça deve ser independente”, afirmou Pacheco.